terça-feira, 24 de agosto de 2010

E o amor? Por onde ele anda?

Difícil definir esse sentimento, já que até hoje ninguém conseguiu encontrar explicações exatas para tal. Mas afinal, o que é amor? Amor é amor, ué! Por que eu explicaria se todos sabem o que significa? Não, não sabem. Aliás, muitas pessoas acham que sabem, outras tentam se enganar, julgando amor todo e qualquer sentimento por outra pessoa. Aí vai um exemplo típico: tenho uma paixonite por um garoto do meu colégio, com o qual eu conversei pouquíssimas vezes e afirmo que o amo. Gente, ensinem, principalmente às pré-adolescentes - por favor, não estou generalizando, ok? Não venham com quatro pedras na mão! -, que isso se chama amor platônico. "O amor platônico revela uma dose de imaturidade emocional, à medida que nunca experimenta os limites e as frustrações de uma relação concreta." Palavras da psicanalista Heidi Tabacof.

Pode-se dizer que, não só isso, o amor é a mescla de inúmeros sentimentos. E se o amor é essa junção de sentimentos, como dizer-se apaixonado por alg... Opa! Taí uma coisa que as pessoas confundem muito! A palavra "apaixonado" vem do substantivo abstrato "paixão", que é diferente do substantivo abstrato "amor". O dicionário define os dois sentimentos como palavras de igual significado. Dicionário é um desastre quando tenta explicar nossas emoções, por isso não confie piamente nele. A paixão é muito externa, não necessariamente movida pela atração, mas rasa. O amor é profundo, extremamente profundo. Conhecer o outro é o primeiro passo para o amor. E quando eu digo conhecer, refiro-me a conhecer uma pessoa a fundo, a sua personalidade, o seu caráter... É daí que o amor se constrói.

Um relacionamento pode, tranquilamente, iniciar-se por intermédio da paixão, mas o que vai fazer ele perdurar, ou perdurar de maneira sadia, é o amor.
Costuma-se dizer que quem ama, sabe. Discordo. Não acho que essa seja uma verdade absoluta.
Alguns realmente sabem, outros não têm certeza. E, me desculpe, mas aos que não têm certeza, é porque não amam. Há ainda aqueles que fingem que amam, seja para não magoarem a outra pessoa, ou para serem mais um dos que banalizaram o sentimento, simplesmente pelo ato de amar ser "bonitinho". Acredite, não falo isso sem fundamento. Pessoas que gostam de praticar essa "moda" existem e eu as acho extremamente imaturas.

Claramente deu pra perceber que não falo do amor de uma forma ampla, falo do amor entre um homem e uma mulher, não de amizade, não do amor que é paternal, maternal ou fraternal. Enfim. Vocês entenderam. Diante de tudo isso, eu lhes pergunto: Por onde anda o amor? Perguto-lhes isso porque o amor se constrói minuciosamente e parece que cada vez mais as pessoas não se permitem essa minuciosidade. Relacionamento não tem mais a importância de antes. As pessoas brincam de amar, brincam de namorar. E a culpa se atribui a quem? Não sei. Quem sou eu pra responsabilizar alguém de algo tão grandioso? Poderia me estender e relacionar essa mudança com o passar das gerações, mas deixo essa ideia no ar para que possam refletir. Deixo um recado, então, a quem, claramente, me refiro ao escrever esse texto, a geração atual: não deixem o amor de lado, não deixem o amor ser qualquer coisa. Amor é um sentimento único. Valorize-o.

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